Novos Caminhos para a Humanidade

Sidney Fernandes

Desde remotos períodos, anteriores à progressista era neolítica, o homem primitivo dependeu da força e da rudimentar inteligência para a sua sobrevivência. A força, que distinguia os que iriam viver, aliada à observação e ao desenvolvimento da argúcia, criou o poder. Essa união redundou na atração da riqueza, que fortaleceu a capacidade de realizar e outorgou a liderança aos que dela passaram a usufruir.

Temos aí, caros leitores, resumidamente, o gatilho do império do poder, não mais apenas por razões de sobrevivência, mas potencializado pela ambição e pelo orgulho humano.

Segundo a Doutrina Espírita, as dificuldades, dores, deficiências, limitações, doenças e carências do espírito encarnado existem em função de seu nível evolutivo e das fases que deverá percorrer em benefício de seu progresso.

O mergulho na carne, no entanto, além de servir de lixa grossa para desbastar as arestas do ser em evolução, representa preciosa oportunidade de fraternidade e cooperação. Poder, riqueza, inteligência, posição social e corpo saudável são empréstimos da divindade, para que os homens ajam como fiéis depositários e estendam aos fracos e oprimidos sob sua tutela as mesmas condições favoráveis de vida.

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De repente, os donos do poder financeiro acordaram e passaram a se preocupar com a opressão contra os mais fracos, com a ganância dos poderosos, com os direitos humanos, com o ambiente e com o social.

Seleto grupo fechado, composto de 300 empresas, atualmente catalisa os grandes investimentos de Wall Street, não somente pelos lucros que suas atividades econômicas produzem. Investidores passaram a ter elevada consideração com os cuidados que elas têm com seus funcionários, com os direitos humanos das populações mais humildes, com a proteção ao meio ambiente e com o respeito que as nações mais pobres merecem, para que viabilizem seu progresso e sobrevivência.

Infelizmente, esses nobres movimentos ainda são incipientes, diante das avassaladoras opressões sofridas pelos mais fracos. Além disso, o egoísmo, a vaidade e o orgulho, que caracterizam o nosso planeta de expiações e provas, não têm predileção por cor, raça, nível social, intelectual, físico ou financeiro. A maioria de nós ainda precisa do cabresto curto e das esporas da dor, para aprumar seus passos na jornada terrestre, independentemente do time a que pertença.

Por que o mal ainda predomina na Terra? A essa questão (932), feita por Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, respondem os mentores:

É pela fraqueza dos bons. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quantos estes últimos quiserem, dominarão.