Os passes estão chegando…
- Doutrina Espirita
- 13/07/2020
- 11 min
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O Espiritismo se firma na ciência e não há entre eles qualquer incompatibilidade.
Gabriel Delanne
Certa ocasião, Allan Kardec colocou um menino em seu colo e disse:
— Este menino um dia será uma personalidade de destaque no Espiritismo.
Esse menino era François-Marie-Gabriel Delanne, que nasceu em Paris, França, em 23 de março de 1857.
E Kardec acertou. Delanne foi seu discípulo, continuador de suas obras e figura exponencial da experimentação espirítica.
Com apenas 28 anos de idade publicou a sua primeira obra, intitulada O Espiritismo perante a ciência. Na segunda parte – O Magnetismo e sua história – trata da cura através da imposição das mãos, que já era empregada pelos antigos egípcios no alívio dos sofrimentos, tal como a executamos nos dias de hoje.
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Em 1972, as americanas Dolores Krieger e Dora Kunz passaram a estudar essa técnica com a denominação de Toque Terapêutico. Descobriram que a energia produzida pelo nosso corpo é concentrada em nossas mãos e pode ajudar a curar.
Hoje o toque terapêutico é aceito em mais de oitenta países, não por determinações místicas ou religiosas, mas sim graças a inúmeras experiências laboratoriais que confirmam sua eficiência.
Em 1975, Dolores Krieger comprovou significativas alterações nos índices fisiológicos de doentes hospitalizados com diferenciados casos clínicos, após a imposição de mãos (Toque terapêutico: busca por evidências de mudanças fisiológicas – 1979).
Nem Kardec, nem Delanne talvez imaginassem que seus estudos sobre passes e magnetismo atravessariam dois séculos e depois adentrariam nos hospitais e clínicas de saúde como terapias complementares à medicina convencional, no tratamento de doenças graves.
Os cientistas de hoje, mesmo desconhecendo a teoria espírita e todos os estudos realizados para consubstanciar e confirmar as informações advindas dos Espíritos, estão chegando, por vias paralelas, às mesmas conclusões de Allan Kardec e de seus sucessores.
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Em O Livro dos Médiuns, itens 175 e seguintes, Kardec faz um estudo abrangente e elucidativo desse assunto. Admite a potência magnética provinda do homem, mas, ao mesmo tempo, esclarece que a energia da matéria é potencializada e complementada pela ação dos Espíritos.
E Kardec vai mais além. Em A Gênese, descreve o mecanismo de cura por meio do fluido universal, que, condensado no corpo espiritual, fornece os princípios reparadores que permitem a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã.
Por que dentre os tratados pela técnica de imposição de mãos somente alguns são curados, sendo os demais apenas aliviados de suas dores?
É aí que reside a grande contribuição da Doutrina Espírita, esclarecendo que sem merecimento não pode existir cura definitiva. Pode ser que o bem do doente seja ainda sofrer. Somente através da perspectiva de várias experiências vividas será possível chegar-se à explicação desejada.
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Respeitáveis universidades e cientistas começam a observar mais de perto o perispírito, a origem das doenças, o magnetismo e a teoria espírita.
A Doutrina Espírita tem muito a contribuir nesse campo. Principalmente porque a ela cabe informar as verdadeiras causas das dores e das doenças incuráveis e o caminho para a sua minimização.
A doença e a cura estão no Espírito! E a cada momento a ciência se aproxima dessa realidade.
Quando passar a admitir a influência dos Espíritos, a multiplicidade das vidas e a necessidade do autoaprimoramento, a ciência estará em condições de proporcionar ao homem a saúde definitiva.
Originally posted 2016-04-24 10:16:12.