Dificuldades e Contrariedades
- Colunas
- 09/02/2018
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Todos os dias somos confrontados por entraves e contrariedades diversas.
Por mais que planejemos nossas atividades, invariavelmente entraves e contrariedades aparecem, como do nada, freando ou impedindo o desenrolar de nossas vidas.
São exercícios dados pela Divina Providência ao nosso Espírito, para que exercite a paciência e tolerância, a confiança em Deus e a inteligência no rumo da perfeição.
“Mas, para chegar a essa perfeição, devem sofrer todas as tribulações da existência corporal”, dizem os Benfeitores Espirituais em O Livro dos Espíritos em seu item 132.
O esclarecimento espiritual que a Doutrina Espírita porta nos faz compreender, racionalmente, o mecanismo da vida e sua finalidade, portanto, optar por aceitar os desafios do cotidiano é a opção necessária e inteligente a ser tomada.
“Sei que a vida é difícil; ela se compõe de mil coisinhas que são como alfinetadas que acabam por ferir, mas é preciso observar os deveres que nos são impostos, as consolações e as compensações que temos em contrapartida. Então, reconheceremos que as bênçãos são mais numerosas do que as dores. O fardo parece menos pesado quando olhamos para o alto do que quando curvamos a fronte para a terra”, comenta o Benfeitor denominado Um Espírito Amigo em O Evangelho segundo o Espiritismo nas instruções dos Espíritos do capítulo nove.
“A doutrina de Jesus ensina sempre a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras muito ativas da doçura, embora os homens erroneamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração. Ambas são forças ativas, pois carregam o fardo das provas que a revolta insensata não suporta”, complementa o Benfeitor Espiritual Lázaro, no mesmo capítulo da mesma obra.
Como não há regime de exceção na obra divina, todos estão sujeitos à Lei do Progresso, e por isso, às provas necessárias correspondentes ao grau evolutivo em que se encontra.
Assim, mais cedo ou mais tarde, haveremos de nos conscientizar, seja pela dor, seja pelo amor, que só enfrentando as dificuldades, conscientes e resolutos, conseguiremos estabelecer, com esforço contínuo, a serenidade suficiente para alcançarmos condições espirituais que nos darão condições para suportar, pacientemente, as “alfinetadas” da vida.
Pensemos nisso.
Antônio Carlos Navarro