Mente Virtuosa, Corpo Saudável
- Colunas
- 16/12/2019
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Sidney Fernandes – 1948@uol.com.br
As pessoas cada vez mais estão buscando qualidade de vida e longevidade. Com isso, os exercícios físicos estão cada vez mais frequentes em suas rotinas diárias. Grandes exemplos disso são a caminhada e a corrida, de fácil acesso e não tem custo algum. Basta ter um tênis e usufruir desse bom “remédio”. Isso explica o aumento da expectativa de vida das pessoas, pela conscientização e escolha de um modo de viver melhor e mais saudável.
José de Arruda Junior, Fisioterapeuta
Exercitou princípios de fraternidade e temperança? Procurou evitar a cólera? Cuidou, adequadamente de seu corpo físico? Preservou-se de excessos alimentares e alcoólicos? Estas perguntas foram feitas por André Luiz, para ele mesmo, e, infelizmente, as respostas foram todas negativas.
Aos olhos da sociedade, ele gozava de reputação invejável e, perante si próprio, julgava nada fazer de errado. Mesmo assim, a pecha de suicida lhe fora atribuída por seres perversos das sombras. Se bem pensarmos, era assim mesmo naquela época. Tão raramente havia o respeito com o corpo e para com os compromissos espirituais, que Manassés, diante de Silvério, que se preparava para reencarnar, proferiu a seguinte recomendação:
— Não volte aqui antes dos setenta…[1]
Somente vinte anos mais tarde o mundo iria começar a despertar para a necessidade de se cuidar melhor da forma física. A ciência progrediu muito e, com ela, houve maior conscientização do homem quanto à sua alimentação, maiores cuidados com o álcool e com as drogas e maior busca de qualidade de vida.
Cientistas da atualidade descobriram que o hormônio da endorfina, produzido pelo nosso cérebro, libera ações anti-inflamatórias e analgésicas. Embora essa substância esteja associada à prática regular de atividades físicas, muitas outras atitudes podem auxiliar na produção desse hormônio.
Vejamos este exemplo:
Um homem está atrasado para o seu trabalho, quase correndo, atividade que libera endorfina, mas o mantém estressado, pela preocupação de não chegar no horário. De repente, vê uma senhora de idade, diante de movimentada avenida, com total impossibilidade de atravessá-la, se não receber ajuda. Uma força maior faz com que ele se esqueça da pressa e o faz auxiliar a pobre senhora. Depois da travessia, e de receber caloroso abraço de agradecimento, de repente o nosso apressado executivo sente-se envolvido por uma inusitada sensação de bem-estar que o acalma e lhe traz inesperada felicidade. Muito mais do que o exercício físico, o exercício da fraternidade, aliado à dignidade de uma consciência tranquila, lhe provoca uma enxurrada de endorfina e ele fica muito feliz.
As mais avançadas e inquestionáveis evidências científicas estão falando em mente virtuosa e solidariedade, relembrando preciosas recomendações de espíritos superiores. Podemos afirmar que hoje não existem mais retornos infelizes, ao plano espiritual, como os de André Luiz? Lamentavelmente, ainda estamos distantes dessa realidade.
Fiquemos com Richard Simonetti, quando disse que, futuramente, pacientes deixarão consultórios médicos com interessantes receitas:
— integrar-se em instituições de assistência social; participar de campanhas que visem ao bem-estar da coletividade; recolher livros para hospitais e prisões; angariar fundos para instituições socorristas; visitar doentes; atender necessitados, adotar órfãos…
Então o homem estará consciente de que, se sua alma for virtuosa, todo o seu corpo será saudável. Estará pronto, enfim, para voltar à vida maior em condições bem melhores do que quando aqui chegou.
[1] Missionários da Luz, livro de André Luiz.