Por que Kardec não se Referiu Diretamente a Umbral?
- Doutrina Espirita
- 07/03/2022
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(Todas as segundas-feiras e sextas-feiras, postaremos, aqui, resposta a uma pergunta que nos tenha sido feita em nossas redes sociais.)
Espiritismo On Line Responde #2: “Por que, em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec diz que não há lugar circunscrito destinado às penas, mas Chico Xavier diz que existe umbral, que seria uma espécie de inferno temporário?”
Cremos que você se refira à pergunta 1012 de O Livro dos Espíritos.
Apesar da Doutrina Espírita ser progressiva ou seja vai sendo aprofundada aos poucos, não deve haver discordâncias nas revelações para não ferir o princípio da universalidade doutrinária. Entre a proposta de Kardec e a de André Luiz, espírito que tratou com detalhes deste tema na literatura psicografada por Chico Xavier, não existe incongruência.
A ideia de tempo e espaço que temos na experiência material cotidiana não encontra correspondente no plano espiritual. Por isso, o gênio de Einstein deflagrou essa reflexão, apontando que espaço e tempo são relativos. A ciência já evoluiu bastante nesse sentido, mas os novos conceitos ainda não se popularizaram. Isso significa que o conceito de umbral não é circunscrito a um espaço delimitado, tal qual entendemos espaço aqui na Terra.
Os espaços espirituais são criações mentais dos espíritos a partir da ação consciente (ou não) dos espíritos sobre os fluidos. Mentes imperfeitas criam imagens igualmente imperfeitas e, especialmente nestes casos, criam, inclusive e também, involuntariamente, por ação espontânea de pensamentos e sentimentos sobre os fluidos. Podem formar imagens tão grotescas quanto pode ser a mente de uma pessoa. O chamado umbral é uma criação fluídica de mentes afins. É resultado da ação do pensamento deletério destes espíritos sobre os fluidos. É pela mente conectada às mesmas faixas vibratórias que os espíritos ficam retidos na malha fluídica do umbral.
Esse resultado da atividade mental não está circunscrito nem fechado num espaço, como o entendemos. O plano espiritual, na verdade, é um conjunto de diferentes planos fluídicos, alguns mais condensados outros mais etéreos , mas simultâneos e paralelos.
Os espíritos estão por toda parte. Mas se atraem mutuamente por afinidade moral. Essa atração vibratória por afinidade no mal, nos vícios materiais e imperfeições morais pode levar à falsa impressão que estejam confinados num determinado espaço circunscrito.
Sintam-se, ternamente, abraçados.
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