Anatomia da Dor

Sidney Fernandes

Parte 10 – última

RESUMO FINAL

Nesta superficial análise que fizemos sobre o sofrimento humano, trouxemos os progressos da ciência e os esforços da espiritualidade para minimizar dores, curar doenças e equilibrar a alma. Superar causas — materiais ou espirituais — da dor, no entanto, não é tarefa fácil. Pode demandar séculos de persistência, devido às máculas que se entranham profundamente no espírito.

Ao analisarmos rapidamente a tríplice constituição humana — espírito, perispírito e corpo —, tivemos ligeira ideia da complexidade das causas da dor, da qual decorrem as dificuldades e o tempo necessários à obtenção do equilíbrio definitivo.

A medicina, com os progressos alcançados, já consegue eliminar todas as doenças, dores e deficiências? Mesmo cientes de que as matrizes do sofrimento humano estão nos focos escuros dos corpos astrais, conseguimos alcançar o desejado equilíbrio?

Considerando que, por enquanto, a maioria de nós ainda é impotente para alcançar a cura definitiva, qual será o nosso comportamento? Este deverá ser o momento da reflexão e da resignação, diante das lutas da existência.

Por que ainda sofremos?

Porque nem todos nós, os aflitos, estamos dispostos a renunciar e pagar o preço necessários para a libertação das sombras que nos comprometem.

Quando nos dispusermos à espiritualização, sentiremos imediatamente o clarão da vida penetrar em nosso interior. Será o início da limpeza das máculas interiores que, decididamente, representam as raízes de nossos sofrimentos.

A renovação interior, por intermédio do processo diário de análise comportamental, é o caminho indispensável para chegarmos à felicidade.

Saibamos entender, com Emmanuel1, que a pedra, o espinho, o fel, o fogo e o temporal são instrumentos divinos, por ora necessários aos desbastes de nossas arestas milenares. Fiquemos com suas sábias recomendações:

Não nos espantem dificuldades ou imprevistos dolorosos.

Nem sempre o socorro de Cima surge em forma de manjar celeste. Comumente, aparece na feição de recurso menos desejável.

Rendamos graças, pois, por todas as experiências do caminho evolutivo, na santificante procura da Vontade Divina, em Jesus Cristo, Nosso Senhor.

 

REFERÊNCIA: 1 – EMMANUEL. Pão nosso. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Lição 100. “Rendamos graças”. FEB.