Natal
- Colunas
- 23/12/2020
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Dezembro chegou, e com ele mais um Natal.
Temos a impressão que o tempo tem passado mais rápido, pois parece que foi “ontem” o Natal passado, e isso, provavelmente, porque temos nos envolvidos em muitas atividades, que não vemos as horas, os dias e os meses passarem.
Em parte, há um sentido positivo, porque nos mantemos em atividade exercitando atributos do espírito. Em contrapartida nem sempre conseguimos nos desvincular da materialidade e do terra a terra, e acabamos por nos manter escravizados a uma vida sem vínculo mais profundo com a espiritualidade da qual fazemos parte, portanto sem progresso moral.
Com a chegada do Natal mais uma vez estamos expostos ao clima de fraternidade que advém da figura do Senhor Jesus.
Em decorrência surgem campanhas de arrecadação de brinquedos, alimentos, roupas, etc., para atendimento daqueles menos favorecidos na sociedade humana.
De nossa parte, planejamos festas, passeios, compras de presentes e tudo mais que se relaciona com o período natalino, com os olhos inundados pelos enfeites e iluminações especiais que decoram todo tipo de ambiente, evolvidos por campanhas publicitárias comercias que se utilizam da temática natalina com alto poder de indução ao consumismo.
Poderíamos então perguntar: por que não mantemos este sentimento, o “clima” do Natal durante todo o tempo de nossas vidas? Por que não estreitamos os laços com o Senhor Jesus e os mantemos vivos no intervalo entre os natais?
Arriscaríamos dizer que é porque ainda somos imaturos em termos de espiritualidade e de esforços que reclamam continuidade de esforço. Falta-nos o sentido de perseverança, que só a conscientização espiritual é capaz de sustentar, e só o convencimento proporcionado pelo conhecimento da verdade é que nos libertará desse ciclo que alterna sensibilidade e indiferença.
De qualquer forma o Divino aniversariante continua em seus esforços para nos arrancar da chamada zona de conforto em que nos encontramos, sempre nos alertando que grande é a seara, e que ainda são insuficientes os trabalhadores, mas que seremos dignos do salário dos trabalhadores da última hora se atendermos, de coração e entendimento, o convite que nos tem sido dirigido, ao longo dos séculos, para aproveitamento dos talentos que nos foram confiados pela Providência Divina.
Pensemos nisso.
Antonio Carlos Navarro
Antonio Carlos Navarro é estudioso e palestrante espírita. Trabalhador do Centro Espírita Francisco Cândido Xavier em São José do Rio Preto – SP.