Amor em Jesus
- Colunas
- 06/01/2023
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“O Amor verdadeiro é aquele que Jesus exemplificou: aquele que se doa com sentido e espírito de sacrifício, para que a pessoa amada se faça feliz, pois toda vez que nós desejamos algo de alguém, ou que nosso amor pede algo de alguém, ele tem sempre matizes de egoísmo.” Chico Xavier
Até a chegada do Senhor Jesus as relações humanas eram decorrentes da dureza de nossos corações, fundamentadas nas premissas do olho por olho, dente por dente e na imposição dos castigos impiedosos prescritos pela Lei de então. Não se admitia, a partir dos representantes da lei, atos de misericórdia. A relação com Deus, tido como rigoroso e que pune até nas gerações futuras, era sistematizada na manutenção do medo e das oferendas materiais. O panorama humano, decorrente da ignorância sob todos os aspectos, era lamentável com os menos favorecidos formando uma massa de sofredores espoliados sistemática, política e religiosamente.
A tarefa de implantar novos paradigmas é sempre hercúlea e Nosso Senhor Jesus Cristo não transferiu a quem quer que seja o trabalho de implantar no seio da humanidade a semente do Amor. Tomou para Ele mesmo, numa demonstração extraordinária de doação de si para com o próximo, o trabalho de estabelecer um ponto de mutação para os espíritos vinculados ao orbe terrestre.
E o Amor que Jesus exemplificou pode ser reconhecido, em todos os tempos, na forma com que lidou com a natureza humana. Em algumas oportunidades, a cura física; em outras, a solução de continuidade dos processos de perseguições espirituais. Aqui um esclarecimento direto, ali um esclarecimento indireto, fazendo pensar através das parábolas. Um apontamento manso para uns, uma advertência mais incisiva para outros, mas nunca ferindo pessoalmente quem quer que seja e respeitando sempre o momento evolutivo dos que com Ele tinham contato.
O Senhor Jesus dividiu a história humana, mas também divide nossas vidas em antes e depois Dele, porque a partir do instante em que o Senhor faz morada em nossas consciências, já não seremos mais o que éramos. O ambiente espiritual provocado pelo Natal vem justamente nos ajudar a sedimentar as estruturas do homem novo que está emergindo de dentro do homem velho, em um processo de progresso cada vez mais rápido, uma vez que já nos encontramos em condições ver e ouvir com os olhos e ouvidos do espírito imortal.
E o homem novo, na medida em que se deixa envolver pelos exemplos e orientações da mensagem sublime do Evangelho, torna-se paulatinamente um representante do amor incondicional demonstrado por Nosso Senhor, implantando novos hábitos que visarão, em primeira mão, a satisfação das necessidades do próximo antes das nossas, extinguindo-se o egoísmo, que teima em permanecer dentro nós.
Pensemos nisso.
Antonio Carlos Navarro
Originally posted 2014-12-28 22:18:00.