Cremação: O Espírito Sente Algo caso o Corpo seja Cremado?
- Doutrina Espirita
- 09/12/2021
- 7 min
- 34.591
Você prefere ser Enterrado a ser Cremado?
Frequentemente as pessoas que pretendem ver seus corpos cremados após a morte, justificam tal providência por medo de:
– serem enterradas vivas;
– de presenciarem a decomposição de seu corpo;
– medo de “morarem” no cemitério.
Por outro lado, quem se recusa à cremação, se justifica com uma pergunta:
– E se no ato crematório eu ainda estiver preso ao corpo, o que acontecerá?
Sentirá um pavor muito grande, mas não dor, considerando que o corpo morto já não transmite sensações físicas ao Espírito.
Mas deverá experimentar impressões muito desagradáveis, além do trauma de um desligamento “forçado” do corpo, violento e extemporâneo.
Emmanuel, no livro “O Consolador” (1), esclarece:
“Na cremação, faz-se mister exercer a piedade com os cadáveres, procrastinando por mais horas o ato de destruição das vísceras materiais, pois, de certo modo, existem sempre muitos ecos de sensibilidade entre o Espírito desencarnado e o corpo, onde se extinguiu o tônus vital, nas primeiras horas sequentes ao desenlace, em vista dos fluidos orgânicos que ainda solicitam a alma para as sensações da existência material”.
O próprio Chico, em entrevista na extinta televisão Tupi, em 1971, transmite nova informação de Emmanuel:
“Deve-se esperar pelo menos setenta e duas horas para a cremação, tempo suficiente, ao que parece, para o desligamento, ressalvadas as exceções envolvendo suicidas ou pessoas muito presas aos vícios e aos interesses humanos”.
Cientes ou não dessas informações espirituais, fato é que os cemitérios adotaram a providência de aguardar 72 horas (três dias). Após o velório e despedidas dos parentes e amigos, aguarda-se o tempo que resta para, só após, promover-se a cremação. Nesse meio tempo, o cadáver fica numa câmara frigorífica para evitar a decomposição.
É muito comum os Espíritas solicitarem aguardar 3 dias, mas existem famílias que solicitam até 7 dias.
“Importante reconhecer, todavia, que muito mais importante que semelhantes cuidados seria cultivarmos uma existência equilibrada, marcada pelo esforço da autorrenovação e da prática do Bem, a fim de que, em qualquer circunstância de nossa morte, libertemo-nos prontamente, sem traumas, sem preocupação com o destino de nosso corpo”.(2)
Fernando Rossit
Referências:
1-O Consolador-Emmanuel/Chico Xavier
2-Quem tem medo da Morte?-Richard Simonetti
Originally posted 2020-01-03 05:31:18.