Cristo não Desiste de nós

Sidney Fernandes

Diante do desânimo e da prostração, se olharmos para trás perceberemos o quanto mudamos e quão grande tem sido a influência de Jesus. Em outras palavras, é preciso fazer uma análise retrospectiva e concluir o quanto ele tem operado em nossas vidas. Mais do que nunca, temos que deixar que Jesus olhe através dos nossos olhos e se faça vivo em nós.

— Senhor, que queres que eu faça? — exclamou Paulo diante do divino convite da estrada de Damasco.

A exemplo de Paulo, é tempo de nos colocarmos à disposição de Jesus, com boa vontade de aceitar o seu divino convite e abandonarmos o passado de sombras, a fim de nos empenharmos na luta edificante de cada dia. Agindo dessa forma, com o trabalho sincero da cooperação fraternal, receberemos de Jesus o esclarecimento do que devemos fazer.

No entanto, para que isso aconteça é preciso que periodicamente façamos um exame, um balanço íntimo, para sabermos se estamos caminhando e evoluindo e, finalmente, se o Mestre Divino está inspirando nossas vidas. E mais do que isso, se a sua luz já se encontra em nosso interior, irradiando por onde passamos.

Aurélio Agostinho de Hipona, conhecido universalmente como Santo Agostinho, foi um dos mais importantes teólogos e filósofos nos primeiros séculos do Cristianismo. Ele nos dá a fórmula da sua experiência pessoal, que o aproximou do Evangelho de Jesus e o transformou num homem de bem:

Fazei o que fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar.

A vida de Agostinho nunca foi tranquila e mesmo assim até hoje inspira milhares de pessoas. Ainda que à distância, sigamos o exemplo desse grande teólogo, que é respeitado por todos os grupamentos religiosos do mundo.

E então, um dia, surpresos, poderemos finalmente usar as mesmas palavras de Paulo Gálatas, 2:20 e dizer:

— Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim.