Desfalque Expressivo
- Colunas
- 06/02/2021
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Orson Peter Carrara
Há um grave desfalque na análise que se faz de assunto que sempre volta à mídia. Discussões infindáveis se estabelecem, muitas vezes sem acordo, com argumentos que se apresentam favoráveis e contrários, embasados todos em inúmeras razões.
O que ocorre é que um detalhe fundamental muda todo o panorama para análise do tema. E convidamos o leitor para considerar esse fundamental aspecto no contexto do assunto, especialmente os que são fervorosos na defesa do aborto. O tema, novamente em evidência, é o aborto, e o detalhe é que o desconhecimento da realidade espiritual – ou seja, a vida tem variadas manifestações, muito além de nossa limitada visão material. A vida não se resume às décadas que aqui vivemos. No feto, portanto, há vida desde a concepção e ali habita um espírito imortal, que retorna para experiências de aprendizado. Uma vez concebido, o feto já não é propriedade de ninguém, nem dos pais, médicos ou parteiras, e adquire imediatamente o direito de viver, ainda que rejeitado pelos sentimentos ou circunstâncias de sua concepção.
Antes, pois, dos brados em favor do crime do aborto, há que se considerar o espírito imortal ali habitando no corpo que se pretende exterminar. Se não é desejado, é melhor doar que matar. O desconhecimento desse fundamental detalhe, é a grande causa dessa onda dispensável de agressividade. A expressão muito clara, independente de crença, que conclama-nos pensar, surgiu do capítulo “Os abortistas, onde estarão?”, constante do livro O Silêncio Quebrado, do amigo Humberto Vasconcelos, de Recife-PE.
A vida é muito valiosa para ser agredida ou desconsiderada. À ela, devemos gratidão e cuidados.