Einstein e Eu

O progresso é Lei Natural. Todos nós temos consciência dessa verdade, mas facilmente deixamo-nos abater pelo desânimo ou pela descrença na utilidade do esforço necessário para consegui-lo, embora continuamos aguardando novas condições de vida.

Em O Livro dos Espíritos encontramos o esclarecimento necessário:

O homem traz em si o impulso de progredir ou o progresso é apenas fruto de um ensinamento? – O homem se desenvolve naturalmente, mas nem todos progridem ao mesmo tempo e do mesmo modo; é assim que os mais avançados ajudam pelo contato social o progresso dos outros.” (1)

A diferença entre o progresso adquirido por cada um se dá em função da consciência individual e do esforço aplicado, porque a liberdade de escolha entre progredir e estacionar é sempre pessoal. É uma questão de valores morais.

O genial Albert Einstein opina:

“Sabemos como é a vida: num dia dá tudo certo e no outro as coisas já não são tão perfeitas assim. Altos e baixos fazem parte da construção do nosso caráter. Afinal, cada momento, cada situação, que enfrentamos em nossas trajetórias é um desafio, uma oportunidade única de aprender, de se tornar uma pessoa melhor. Só depende de nós, das nossas escolhas…

Não sei se estou perto ou longe demais, se peguei o rumo certo ou errado. Sei apenas que sigo em frente, vivendo dias iguais de forma diferente. Já não caminho mais sozinho, levo comigo cada recordação, cada vivência, cada lição. E, mesmo que tudo não ande da forma que eu gostaria, saber que já não sou a mesma de ontem me faz perceber que valeu a pena. Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser uma pessoa de sucesso. O sucesso é só consequência.” (2)

Progredir significa mudança, e o Espírito sempre experimentará tal necessidade. Se pode, como nos ensina a Doutrina Espírita, estacionar-se, mas, mais cedo ou mais tarde, algo ocorrerá no íntimo do Espírito que o fará movimentar-se para novo estágio. É da Lei.

O professor e escritor Leo Buscaglia fala do processo íntimo da mudança:

“A mudança é o resultado final de todo o aprendizado verdadeiro. A mudança envolve três aspectos: primeiro, uma insatisfação consigo, um sentimento de vazio ou a necessidade; segundo, uma decisão de mudar, para preencher o vazio ou a necessidade; e terceiro, uma dedicação consciente ao processo de crescimento e mudança, o ato intencional de fazer a mudança, de fazer alguma coisa.” (3)

Depreende-se que a mudança, por ser opção pessoal, é gerada pelo conhecimento, após a resolução de conflitos íntimos do Espírito. Sobre esses embates conscienciais a Benfeitora Joanna de Ângelis nos esclarece:

“A batalha mais difícil de ser travada ocorre no teu mundo íntimo. Ninguém a vê, a aplaude ou censura. É tua. Vitória ou derrota pertencerá a ti em silêncio. Nenhuma ajuda exterior poderá contribuir para o teu sucesso, ou conjuntura alguma te levará ao fracasso.” (4)

A Benfeitora não está falando que o quê vem de fora não nos influencia, mas sim que a vontade, a aceitação e o consentimento pessoal é que decidirão o resultado. O Espírito, enquanto Ser Pensante, é que fará a diferença.

De minha parte, fico pensando, não há outra saída, preciso me modificar para melhor, e com urgência, para que coisas novas aconteçam, porque estacionar já é sinal de insanidade, e afinal de contas, como também falou o grande Albert Einstein:

Não há nada que seja maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes”. (5)

Pensemos nisso.

Antônio Carlos Navarro

Referências:
(1) O Livro dos Espíritos, questão 779;
(2) Disponível em http://pensador.uol.com.br/textos_de_albert_einstein/ (Acesso em 29.02.2016);
(3) Amor, Editora Record, 6ª Edição, 1972;
(4) Momentos de Meditação, Joanna de Ângelis  / Divaldo P. Franco, Editora Leal, 3ª  edição;
(5) Disponível em http://pensador.uol.com.br/frase/NTk1OTcw/ (Acesso em 29.02.2016).

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em
<http://www.goodfon.su/wallpaper/albert-einstein-albert-2639.html>.
Acesso em: 29FEV2016.

Originally posted 2016-03-01 13:32:10.