Mais Grave que a Pandemia
- Colunas
- 16/03/2024
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Sidney Fernandes
O que foi mais grave que a pandemia? O número de suicídios! Preocupado com o impacto direto da pandemia na saúde mental da população, o governo japonês criou o Ministério da Solidão, que passou a criar campanhas e políticas públicas voltadas à prevenção do suicídio.
Não estamos sós na adoção de benditas medidas profiláticas de prevenção e de salvação. Deus jamais desampara seus filhos. Quando alguém começa a colocar minhocas suicidas em sua cachola, disparam alarmes na espiritualidade, com efetivas medidas de contenção, para que se evite o gesto infeliz.
Daí a necessidade de cultivarmos uma religião, que, além de nos proporcionar emulação ao espírito de serviço, remete-nos à confiança em Deus. Com isso, atraímos a proteção de benfeitores espirituais, que afastam os pensamentos negativos de entidades infelizes que se aproximam do candidato ao suicídio.
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Narra Richard Simonetti, no livro Encontros e desencontros, a história de Ifigênio, que treinava sua vocação de obsessor, assediando Miguel. Buscava envolvê-lo com sentimentos negativos para instalar em sua mente a ideia do suicídio. O perseguidor sabia que o gesto provocaria sofrimentos inenarráveis em sua vítima. Mas, era exatamente o que desejava, para vingar-se de males pretéritos.
Suas ações não estavam surtindo efeito. Miguel não abria brechas que permitissem o assédio. Vida profissional inatacável, modelo de virtude, cuidados com a saúde e sintonia com o bem. Ifigênio resolveu aguardar pacientemente o momento adequado para desferir o bote, que poderia surgir com impulso passional ligado aos seus interesses.
Infelizmente essa situação apareceu. Um acontecimento que afetou Miguel com a profundidade desejada e o deixou irritado e agressivo. Grande mágoa que mexeu com seu coração que parecia arrebentar de dor. Um momento intolerável e inadmissível.
Ifigênio aproveitou o momento e passou a lhe transmitir macabra sugestão:
— Melhor morrer! Melhor morrer!
Pego desprevenido, Miguel comprou a ideia do obsessor e num ímpeto, atirou-se de grande altura e regressou ao plano espiritual, enquadrado no lamentável crime do suicídio. No bilhete lacônico aos familiares, a explicação: não suportara ver seu time de futebol derrotado em partida decisiva do campeonato.
Embora não exista o diabo, como anjo dedicado eternamente ao mal, a decisão para o suicídio pode ser alimentada pela influência de obsessores vingativos. Quando nos prevenimos contra as más sugestões que inflam nossas tentações, ideias malucas são imediatamente repelidas, impedindo que cogitemos desse assunto infeliz, não permitindo que semelhante loucura invada nossa casa mental.
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Quem leva a sua religião a sério e vivencia os princípios cristãos passa a ver esta vida de ponto de vista diferente. As adversidades passam a ser consideradas como eventos normais de uma viagem de expiações e provas, como é a nossa encarnação, e as dificuldades passam a ser consideradas como fatores de crescimento, na oportunidade evolutiva que recebemos.
Revistamo-nos da fé que conecta as forças que sustentam a vida e inflamemos novamente a chama extraordinária que existe em nosso peito. Com certeza, os momentos difíceis e nublados vão passar e o sol divino voltará a brilhar em nossas vidas. Busquemos ajuda na força do bem e na confiança em Deus e, com certeza, seremos amparados.