Matemática Divina
- Colunas
- 26/03/2023
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Sidney Fernandes
PARTE 1
Prolongamento da vida
No século XIX ocorreram significantes avanços medicinais, no conhecimento da anatomia humana, na prevenção e cura de doenças. Ocorreu vertiginoso crescimento da expectativa de vida na Europa, a ponto de dobrar sua população. Londres tornou-se a maior cidade do mundo, chegando a quase sete milhões de habitantes no final do século.
A partir de então surgiram o raio X, a ressonância magnética, a tomografia computadorizada, a fluoroscopia e a ecografia, que permitem o exame detalhado de estruturas anatômicas. A ampliação dos conhecimentos em torno do corpo humano contribuiu enormemente para as curas e o alívio das dores de doenças e insuficiências.
Novas doenças
Não obstante esses incontestáveis progressos, infelizmente a ciência ainda não consegue prevenir e curar todos os males humanos. A comunidade científica empenha-se para descobrir mais informações sobre mutações, variantes e cepas emergentes dos vírus atualmente conhecidos, a fim de aperfeiçoar medicamentos e vacinas.
Parece, no entanto, que o ambiente humano é propício ao aparecimento de novas doenças. Vejamos, por exemplo, o surgimento de um novo tipo de hepatite aguda infantil. Os casos registrados em vários países, de causas ainda ignoradas, parecem não ter qualquer relação com os vírus já conhecidos.
O mesmo desconhecimento persiste com relação às doenças e deficiências inatas, muitas vezes sem antecedentes genéticos, geralmente atribuídas a distúrbios do metabolismo. É o caso, por exemplo, de bebês que nascem com atresia tricúspide, uma cardiopatia congênita por ausência de conexões ou imperfuração de válvulas cardíacas.
E as doenças idiopáticas, sem lesões físicas, caracterizadas por queixas e sintomas, sem que a medicina consiga encontrar o agente que as justifique? Infelizmente, mesmo com os modernos estudos científicos, a medicina ainda se debate diante da inexistência de recursos para diagnosticar as doenças sem causas definidas. Ao lado das enfermidades oriundas de lesões patológicas, existem as que podem se manifestar sem qualquer dessas anomalias.
Por que o homem ainda sofre?
Com todos os progressos do século atual, o homem ainda sofre. Por que razão? Talvez porque não esteja procurando no lugar certo a causa principal de seus sofrimentos e tão somente cuidando dos efeitos. As verdadeiras matrizes das dores humanas encontram-se fora de seu corpo e podem anteceder, inclusive, a sua formação. Homens de saber, não necessariamente vinculados a correntes religiosas ou filosóficas, estão chegando à conclusão de que as raízes das provações encontram-se no corpo espiritual.
CONTINUA NA PARTE 2