O Espiritismo não se resume à Mediunidade

O Espiritismo não se resume à mediunidade, da qual não é nem dono nem criador. A mediunidade é capacidade fisiológica que todos têm em maior ou menor grau e que permite comunicação direta ou sutil com a espiritualidade, de modo que os encarnados na Terra possam receber apoio espiritual para vencer a si mesmos. Esse dom, quando ostensivo, necessita ser estudado para que não seja um entrave, mas sirva de apoio na evolução dos homens.
O Espiritismo não se resume a atividades de recepção de energias, quais sejam os passes, água fluidificada e vibrações: ele precisa ser compreendido uma vez que é doutrina cristã que estimula a prática real e cotidiana dos ensinamentos de Jesus, exigindo estudo dos seus conceitos através do conhecimento da codificação espírita, para melhor serem utilizados.
O Espiritismo não se resume na reencarnação, lei natural que independe da vontade dos homens. Ele a explica como prova de justiça divina que dá a todos a oportunidade de renascerem e evoluírem até que tenham quitado seus débitos e se purificado espiritualmente nas incontáveis vidas na pobreza, riqueza, poder ou humildade, como homens e mulheres, saudáveis ou doentes, perfeitos ou deficientes, ou seja, em toda oportunidade de aprendizado possível.
O Espiritismo não se limita à caridade material, ele incita, estimula, pede, sugere, instiga sobretudo à caridade moral da tolerância, do perdão, do amor, da paciência, da solidariedade, fraternidade, de modo que se dê ao próximo mais do que coisas efêmeras, mas também valores que permanecerão e os auxiliarão a partir do exemplo.
O Espiritismo é doutrina que, sim, atua com a mediunidade, trabalha com as energias, ensina a reencarnação, faz caridade material e moral demonstrando a seus adeptos e simpatizantes que existe um sentido maior para viver, ensina a origem e o destino dos espíritos que somos todos, e explica que o “céu” será alcançado mais cedo ou mais tarde, conforme merecimento.
O Espiritismo explica que todos evoluiremos até o estado de anjos e somos, nesse percurso, os colaboradores de Deus que mudarão a si mesmos e o mundo para melhor. Ser espírita é estudar, conhecer, praticar valores morais que o transformam em homens de bem e almas mais evoluídas. O Espiritismo não faz milagres, ele ensina. Os milagres cada um os fará na própria alma!
“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar as suas más inclinações”. (Allan Kardec)
Por: Vania Mugnato de Vasconcelos