Por que somos tão intolerantes?

Porque ainda vemos o cisco no olho do nosso vizinho e não enxergamos a trave no nosso. Gostamos de comentar só o lado desagradável e desairoso das pessoas, e isso até nos dá prazer. Isto mostra que ainda temos muito que aprender e vivenciar dos pedidos do Cristo.

Mostra também o grau evolutivo do intolerante. “Incontestavelmente, é o orgulho que leva o homem a dissimular os seus próprios defeitos, tanto morais quanto físicos”. (Allan Kardec).

A intolerância doentia é um sintoma indicativo de que algo muito sério precisa ser corrigido dentro do nosso próprio ser. Por que exigimos perfeição dos que nos rodeiam e somos complacentes com nossos abusos? Sejamos primeiro rigorosos conosco e, então, compreensivos com os outros.

O intolerante não perdoa, nem mesmo atenua as falhas humanas e, por isso, falta-lhe a moderação nas apreciações para com o próximo. Vê apenas o lado errado das pessoas, o que em nada estimula o bem proceder. A fácil irritação é também um aspecto predominante do tipo intolerante. O senso de análise e de crítica é nele muito forte. Na sua maneira de ver, quem erra tem que pagar pelo que fez. Não há considerações que possam aliviar uma falta.

O intolerante vive como se ele ou os seus entes queridos nunca errassem. Para seus erros e de seus familiares ele sempre tem uma desculpa. É a trave que Jesus mencionou. Por isso, vemos tanta intolerância com o negro, o índio, o homossexual, etc.
Eles agem como se as pessoas tivessem que ser da cor, da raça que eles querem e que sua orientação sexual, religião, pensamento devem ser como a dele.

Vivem como crianças mimadas, e como toda criança mimada, egoístas.

Será que o intolerante usa com responsabilidade e respeito sua sexualidade? Não trai, não são promíscuos, não se prostituem, não trocam de parceiros a cada balada ou procuram prostitutas? Será que a cor da pele do intolerante o faz mais honesto, íntegro, respeitoso, caridoso do que os de outra raça?

Portanto, basta de ignorância. Com o fim da ignorância eliminaremos a intolerância.

Ney P. Peres e Rudymara

Originally posted 2015-05-24 17:22:22.