Por que Vivemos?
- Colunas
- 06/02/2024
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Sidney Fernandes
Comer, beber, vestir, acasalar, divertir-se… Esta é a finalidade da vida? Muita gente pensa assim. Por que razão vivemos? Naturalmente, não estamos aqui em jornada recreativa. Poucos preocupam-se com a verdadeira finalidade da vida, a evolução. Fazem de conta que seguem princípios normativos da divindade, mas, na realidade, são verdadeiros túmulos caiados, uma das expressões mais fortes de Jesus, ao referir-se aos que apenas aparentam virtudes. Por fora, bela viola, por dentro, pão bolorento, diríamos no linguajar dos nossos ancestrais caboclos.
Essa demora de ajustamento às razões da existência, quando catalogamos vidas após vidas, num indo e vindo infinito, é detectada pelos arquitetos universais, que passam a adotar efetivas providências, a fim de despertar espíritos indolentes para a ressonância com a jornada evolutiva.
Metaforicamente, podemos comparar o mergulho na carne a um corredor polonês, passagem formada por duas fileiras de pessoas, que se colocam lado a lado, uma defronte à outra, com a intenção de castigar quem tenha que percorrê-la. No caso da encarnação, as fileiras são os espinhos, as dores, as doenças, as dificuldades e deficiências a que estamos sujeitos, quando nos desviamos do caminho reto, aqui representado pelas regras divinas. Os castigos são proporcionais aos desvios, isto é, às faltas que cometemos, na vida atual ou em vidas anteriores. A agressão contra outra pessoa ou a autoagressão provocam imediata sensibilização magnética, uma espécie de marca ou mancha na alma, que vai tornar o agente vulnerável a distúrbios ou deficiências de caráter físico, moral ou espiritual, de acordo com a natureza do mal praticado. Se o delito não for reparado, a mácula permanecerá no corpo astral do espírito, mesmo após sua morte, e poderá manifestar-se em corpo de futura encarnação.
O arrependimento, a reparação de males cometidos, a persistência no bem e a transformação moral abrem novos caminhos para a alma que busca o reequilíbrio. A lei de causa e efeito não castiga e, sim, educa, para que aprendamos o que devemos e o que não devemos fazer. De experiência em experiência, vamos aprendendo que devemos respeitar o semelhante e as divinas leis da vida.