Revendo A História Do Espiritismo

Sidney Fernandes

PARTE 13

Daniel Dunglas Home

Segundo Allan Kardec, Home era um médium do gênero dos que produzem manifestações ostensivas, sem, por isso, excluir as comunicações inteligentes. Suas faculdades permitiam que se ouvissem os mais estranhos ruídos, o ar se agitava e os corpos sólidos se moviam, levantavam-se, transportavam-se de um lugar a outro no espaço. Instrumentos de música produziam sons melodiosos, seres do mundo extracorpóreo apareciam, falavam, escreviam e abraçavam. Muitas vezes ele mesmo se viu elevado no ar, sem qualquer apoio e a vários metros de altura.

Ainda segundo o codificador, o caráter e as qualidades morais do Sr. Home granjeavam-lhe a simpatia de espíritos superiores, que viam nele fiel e excelente instrumento para abrir os olhos dos incrédulos. Cumpriu sua missão com resignação e perseverança, principalmente com a proteção da mãe, sua protetora espiritual.

Desprendia-se do corpo físico sem qualquer esforço e entrava facilmente em comunicação com seres invisíveis, faculdade que se lhe revelou desde a mais tenra infância. Com a idade de seis meses, seu berço se balançava sozinho e até mudava de lugar, quando momentaneamente se ausentava sua ama de leite. Brinquedos deslocavam-se por si mesmos e vinham ao seu encontro. No entanto, somente em 1850, quando morava nos Estados Unidos, é que sua reputação como médium começou a se firmar. Em 1854, quando foi para a Europa, surpreendeu Florença e Roma com verdadeiros prodígios.

Segundo Léon Denis, Home foi recebido por vários soberanos, dentre os quais o Imperador Alexandre II, em cuja presença foi intermediário de manifestação pouco comum, revelando a identidade de espírito em que o czar havia pensado.

Allan Kardec considerava o Sr. Daniel Dunglas Home médium dotado de extraordinárias faculdades, honestidade e dignidade incontestáveis, que produziu efeitos surpreendentes, indo muito além daquilo que impressiona os sentidos.

 

-CONTINUA NA PARTE 14-