Revendo A História Do Espiritismo

Sidney Fernandes

PARTE 2

Remontando às origens

A ideia da existência de um ser criador brotou de forma natural e intuitiva, levando o ser humano ao temor e à adoração das forças da natureza, a nomear sol, céu, lua, estrelas, chuva, árvores e rios como deuses.

Surgiram os profetas, curandeiros, feiticeiros, curadores e benzedeiros, figuras altamente respeitadas e reverenciadas por terem a faculdade de se comunicar com os espíritos e por serem a interface de conselhos e previsões inspirados pelos deuses.

A Grécia foi o centro da mediunidade oracular, sendo o Oráculo de Delfos o mais famoso, localizado no templo de Apolo, pela posição privilegiada da cidade grega Delfos, considerada o centro do mundo. Para lá acorriam reis, nobres e pessoas do povo em busca de orientações e vaticínios que as auxiliassem a resolver tanto os problemas simples e cotidianos, como as complexas questões políticas e de relações internacionais.

A mediunidade de cura é relatada n’O Livro dos Mortos, dos egípcios, assim como os fenômenos de emancipação da alma. No livro Vedas, que consubstancia as escrituras sagradas do hinduísmo, vamos encontrar as etapas da iniciação mediúnica e do intercâmbio com os espíritos. Profecias e exuberante variedade de fenômenos marcam o surgimento do judaísmo, em que se destaca Moisés, trazendo o decálogo. O Dia de Pentecostes é caracterizado como o de maior feito mediúnico conhecido.

Inúmeros médiuns foram alvo de perseguições inquisitoriais, condenações à morte, martírios e execração pública, inclusive à época da codificação do Espiritismo.

-CONTINUA NA PARTE 3-