Revendo a História do Espiritismo
- Colunas
- 18/10/2023
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Sidney Fernandes
PARTE 6
Andrew Jackson Davis
Por volta de 1847, quando não havia completado vinte e um anos de idade, o jovem Davis assentou-se ao lado de uma senhora agonizante e descreveu todos os detalhes da partida de sua alma. Descreveu a experiência como interessante e deliciosa, muito diferente da treva horrível que obsidiou por tanto tempo a imaginação humana. Refere-se ao corpo etérico — mais tarde chamado por Allan Kardec de perispírito — como réplica do corpo material. Foi esse corpo sutil que Davis viu deslocar-se da matéria viva do protoplasma da pobre moribunda, que ficou vazio no leito. As extremidades foram ficando escuras, enquanto a concentração no cérebro foi ficando mais luminosa.
Necessário observar que a descrição de Davis guarda íntima relação com a mencionada, um século mais tarde, por André Luiz, por intermédio da psicografia de Chico Xavier, no livro Obreiros da Vida Eterna, ao afirmar que o desligamento do espírito é um processo que não se dá subitamente. Os laços que unem perispírito e corpo são desatados um a um, iniciando-se o desligamento pelos pés, percorrendo o corpo todo e finalizando na cabeça. Esse mesmo processo é narrado também por Irmão Jacob, no livro Voltei, sob a perspectiva do desencarnante.
— Eu a vi passar para a sala contígua, através da porta e da casa, erguer-se no espaço…. Depois que saiu da casa, encontrou dois espíritos amigos da região espiritual, e depois de terno reconhecimento, de um entendimento entre os três, da mais graciosa das maneiras, começou a subir obliquamente pelo envoltório etéreo de nosso globo — completa Davis.
-CONTINUA NA PARTE 7-