Revendo a História do Espiritismo

Sidney Fernandes

PARTE 7

Andrew Jackson Davis (continuação)

Andrew Jackson Davis nasceu em 1826, em distrito rural de Nova Iorque, às margens do Rio Hudson. Era fraco de corpo e pobre de mente. Não obstante, daquela criatura mirrada surgiram forças espirituais, provando que se tratava tão somente de fio condutor através do qual fluíam revelações e conhecimentos.

Por ocasião da morte de sua mãe, teve notável visão de uma casa, em região brilhante, para onde ela havia ido. Davis possuía notável poder de clarividência. Alfaiate local, de nome Livingstone, detectou essa faculdade capaz de fazer diagnóstico de doenças, vendo-as sem os olhos.

Os fenômenos produzidos por Davis receberam a chancela da autenticidade, a partir do momento em que se constatou que, em estado de vigília, ele não possuía cultura que o habilitasse a qualquer voo de intelectualidade. Nada conhecia de gramática e regras de linguagem e nunca teve contato com os meios literários ou científicos. Davis havia deixado o banco de sapateiro há dois anos, sem qualquer estudo posterior e, mesmo assim, em suas palestras, utilizava-se corretamente da língua hebraica e demonstrava conhecimento de geologia, que jamais havia estudado.

Pode se dizer que Jackson Davis, pobre, justo, caridoso, sério, paciente e educado, começou a preparar o terreno das revelações espirituais que eclodiriam, com toda a sua força, ainda naquele século. Morreu em 1910, com a idade de oitenta e três anos, como diretor de pequena livraria em Boston. Sua obra Filosofia Harmônica teve quarenta reedições nos Estados Unidos, como semente que foi lançada em terreno fértil.

-CONTINUA NA PARTE 8-