Revendo A História Do Espiritismo

Sidney Fernandes

PARTE 8

O episódio de Hydesville

Arthur Conan Doyle descreveu o episódio das Irmãs Fox, em sua magistral obra A História do Espiritualismo. A maioria desses fatos é sobejamente conhecida pelos estudiosos que se debruçam em todos os opúsculos que tratam do assunto. Dessa forma, para não sermos repetitivos, cingir-nos-emos a citar alguns não muito mencionados, para não alongarmos sobremaneira este despretensioso estudo.

O humilde espírito de um mascate pode ter aberto uma passagem para a manifestação de mortos de todos os níveis que, a partir de 31 de março de 1848, tiveram acesso ao outro lado do véu, quando irromperam os incidentes de Hydesville, Estado de Nova Iorque. As testemunhas eram pessoas simples e os principais protagonistas eram de família de fazendeiros, de religião metodista, que se mudaram para a casa em 1847, já sabendo que aquela moradia gozava de má reputação. Naquele ano, uma tal senhora Lape já havia declarado ter visto a aparição de um homem de estatura mediana usando as mesmas roupas que mais tarde foram identificadas como sendo de Charles B. Rosma, o suposto mascate assassinado.

Faça-se justiça quanto ao suposto pioneirismo dos arranhões que passaram a ocorrer a partir de 1848, pois os mesmos já haviam sido detectados na Inglaterra, em 1661, na residência da Sra. Mompesson, em Tidworth, e, mesmo antes, em 1520, em Oppenheim, Alemanha.

Cerca de duzentas pessoas se reuniram em volta da casa da Família Fox, quando os fenômenos provocados pelo espírito do morto se intensificaram, sob as luzes das velas que testemunhavam movimentos de camas, cadeiras e abalos súbitos, detectados ao contato do solo. À medida que as notícias das manifestações se espalhavam, vizinhos acorriam em bandos. Chegaram a formar uma comissão de investigação, a fim de atestar a veracidade das maravilhas.

 

-CONTINUA NA PARTE 9-