Revendo a História do Espiritismo

Sidney Fernandes

PARTE 9

O episódio de Hydesville (continuação)

Se, a princípio, os movimentos provocados pelo espírito do morto tornaram os Fox, da noite para o dia, celebridades, a repetição lhes trouxe quebra de privacidade e desconforto, inclusive para dormir. A falta de repouso chegou a quebrar o ânimo da Senhora Fox, que passou a se sentir doente. Muitas vezes lamentou, considerando infelicidade morarem naquela casa. Passou a ser impossível atenderem suas ocupações diárias.

Para testar a veracidade das palavras do comunicante, a senhora perguntou a ele quantos filhos ela havia tido. A tiptologia mostrou que o espírito sabia mais da Senhora Fox do que ela mesma. O autor dos arranhões disse que ela havia tido sete filhos, informação por ela contestada, pois sua conta havia parado no número seis. Até que veio à sua mente que um havia morrido em tenra idade.

Cinquenta e seis anos mais tarde…

Somente em 23 de novembro de 1904, portanto, cinquenta e seis anos depois da irrupção inicial dos fenômenos de Hydesville, foi encontrado, por meninos de escola que brincavam na adega, o esqueleto do humano que havia sido morto na casa que passou a ser chamada de “A casa assombrada”, ou “Casa encantada”. Entre a terra e os escombros das paredes da adega, estavam a lata de mascate e os restos mortais sem dúvida pertencente àquele homem que havia sido assassinado no quarto leste da casa. O achado corroborou as declarações feitas sob juramento por Margaret Fox, em 11 de abril de 1848. Mais detalhes sobre o episódio de Hydesville poderão ser encontrados pelo caro leitor nos capítulos 4 e 5 do livro A História do Espiritualismo, de Arthur Conan Doyle.

-CONTINUA NA PARTE 10-