Sintonia da Atitude

Segundo os princípios da Mediunidade, vivemos todos em permanente regime de permuta psíquica, sintonizados com faixas vibratórias a que nos ajustamos.

O indivíduo perturbado é alguém que sintonizou com correntes de extremo negativismo, enquanto que estará a caminho da santidade aquele que, vencidas as limitações humanas, mantiver uma sintonia positiva, em comunhão com as esferas mais altas.

O Homem, regra geral, é um ser milenarmente viciado em atitudes negativas, assimilando, assim, com lamentável frequência, vibrações tóxicas que o desajustam espiritualmente, da mesma forma que sofre constantes distúrbios digestivos quem não faz uso de alimentação adequada.

Faz parte da higiene mental, na preservação da estabilidade íntima, o esforço por eliminar elementos de sintonia negativa. Para tanto, é necessário que saibamos distinguir o que são atitudes positivas e atitudes negativas.

Se dizemos: “Oh! Meu Deus, como sou infeliz! Ninguém me compreende!” — é uma atitude negativa.

Se dissermos: “Ajuda-me, Senhor, a compreender meu semelhante!” — será uma atitude positiva.

Se dizemos: “Não perdôo!” — é uma atitude negativa.

Se dissermos: “Não há o que perdoar!” — será uma atitude positiva.

Se dizemos: “Estou exausto! Não posso!” — é uma atitude negativa.

Se dissermos: “Hei de ter forças!” — será uma atitude positiva.

Se dizemos: “Não o tolero!” — é uma atitude negativa.

Se dissermos: “Provavelmente tivemos algum desentendimento no passado e Deus fêz nossos caminhos cruzarem no presente para que nos reconciliemos!” — será uma atitude positiva.

Se dizemos: “Perdi o ente caro ao meu coração! Que desgraça!. .. Tudo acabou para mim!” — é uma atitude negativa.

Se dissermos: “Deixou o exílio terrestre e tornou à pátria comum, onde, pela graça de Deus, nos reencontraremos um dia!” — será uma atitude positiva .

Se dizemos: “O Evangelho é a Luz do Mundo, mas sou muito imperfeito para viver seus ensinamentos!” — é uma atitude negativa.

Se dissermos: “Sou muito imperfeito, mas, com a proteção de Jesus, haverei de proceder como bom cristão!” — será uma atitude positiva.

Se dizemos: “O Espiritismo proclama que fora da caridade não há salvação, mas as lutas da existência absorvem todas as minhas atenções!” — é uma atitude negativa.

Se dissermos: “Minha luta é grande, mas não me faltarão meios de confortar os que sofrem e socorrer os necessitados, na conciliação dos interesses efêmeros do mundo com os interesses eternos do Espírito!” — será uma atitude positiva.

Se costumamos comentar nossas dificuldades e dores; se o nervosismo e a irritação nos visitam com assiduidade; se bradamos aos céus pelo peso de nossa cruz, isto significa que adotamos uma atitude negativa, insatisfeitos com a posição em que a Vida nos situou, a qual, deveríamos saber, é a que melhor nos convém, porque Deus conhece nossas reais necessidades.

A vitória sobre as limitações humanas e a plena valorização das oportunidades de edificação na jornada terrestre, são apanágios dos fortes, corajosos e otimistas, que silenciam em relação às suas atribulações e males; que buscam apenas o lado bom das pessoas; que se empolgam pela oportunidade de serem úteis e se esforçam em cumprir os ensinamentos cristãos.

Estes vivem positivamente e sintonizam com o Alto, no caminho de nobres realizações.

Raros, na Terra, desenvolvem esta capacidade em toda a sua plenitude, mas, quando tal acontece, surge um Francisco de Assis, a distribuir luzes e bênçãos, espírito de extraordinária positividade, que finalizava sua oração dizendo:

“Divino Mestre! Permiti que eu não procure tanto ser consolado quanto consolar; ser compreendido quanto compreender; ser amado quanto amar. Porque é dando que recebemos; perdoando é que somos perdoados, e é morrendo que nascemos para a Vida Eterna.”

Richard Simonetti

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