A Felicidade Não se Compra

Sidney Fernandes

Parte 2 – final

George Bailey, personagem principal do filme A felicidade não se compra, era um homem bom, que resolveu suicidar-se, atirando-se de uma ponte, para que seu seguro de vida cobrisse um rombo financeiro provocado pelo tio.

Como George disse que seria melhor nem ter nascido, seu anjo da guarda, Clarence, no intuito de demovê-lo da decisão de suicidar-se, teve a ideia de mostrar a ele como teriam sido as coisas se ele nunca tivesse nascido. Começou a repassar toda a sua vida, em forma de flashbacks. Na infância não salvou seu irmão Harry de um acidente no gelo. Com isso o irmão não pôde salvar centenas de pessoas de um navio, durante a guerra. Como não existira, também não evitou que um farmacêutico inadvertidamente envenenasse uma criança e, por isso, o profissional foi para a prisão e se tornou um mendigo.

E muitas outras cenas vão se seguindo, mostrando como a vida de George Bailey havia sido frutífera e significativa para um grande número de pessoas. Ao constatar essa realidade, ele percebeu a sua importância e ensaiou uma oração, pedindo a Deus que lhe mostrasse um caminho, uma luz, uma solução para o problemão que estava enfrentando. Correu de volta para a ponte e rezou para voltar a viver. Deus o ajudaria a safar-se daquela situação difícil.

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A ficção de Frank Capra, com o tocante e inesquecível filme A felicidade não se compra, está muito próxima da realidade que a religião nos ensina. Quando confiamos em Deus e nos aproximamos do bem, jamais nos falta a proteção da espiritualidade. Quem se dedica e se sacrifica em favor do semelhante é objeto de atenção especial da divindade.

Devemos escolher nossas companhias espirituais, cultivando bons pensamentos e boas atitudes, de modo que, nos momentos de dificuldades e de instabilidade, sejamos aquinhoados, assim como o foi George Bailey, com a presença do nosso protetor, para que não nos falte o equilíbrio e não nos ocorra coisa pior.

 

Sidney Fernandes (1948@uol.com.br) nasceu em Bauru, em 1948. Gerente do Banco do Brasil e Empresário, hoje está aposentado e se dedica integralmente à veiculação do Espiritismo. Participou ativamente da Mocidade Espírita até integrar-se ao Centro Espírita Amor e Caridade de Bauru (SP). Escritor e orador profere palestras em várias cidades brasileiras.