Buscando um Mundo Melhor
- Colunas
- 08/11/2022
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Sidney Fernandes
Que destino você daria a Hitler, responsável pela eclosão de uma guerra com dezenas de milhões de mortos? Ou a Átila, que se vangloriava de sua crueldade? Ou à Bruxa de Buchenwald, a sádica esposa de um comandante de concentração nazista que banalizava as atrocidades que cometia contra seres humanos? Ou a criminosos que violentam e matam crianças? Todos eles seriam submetidos, segundo as leis humanas, a penas cruéis, de morte ou de longos sofrimentos.
A Providência Divina, no entanto, vê esses espíritos de outra maneira. Considera que a maldade é uma doença contraída quando se cultiva a rebeldia e o desatino e que pede o concurso do tempo e a terapia da dor, a fim de que a alma seja reconduzida ao caminho da evolução. Não há dúvida de que cruéis encontram-se com a verdade, quando demandam o continente da morte, sem um guia para mostrar-lhes um país que veem pela primeira vez.
Tempo e dor, no entanto, não são os únicos instrumentos capazes de reabilitar doentes do espírito. Pedro, apóstolo de Jesus, garantiu que permanecem abertas as portas da misericórdia divina, mesmo para os que se dedicaram ao vício e ao mal. — O amor — afirmava em sua primeira carta — cobre uma multidão de pecados.
Quando ocorre o arrependimento, a reparação e a transformação moral, o espírito pode optar pela moeda do amor, em lugar da moeda da dor, isto é, habilitar-se a ser instrumento de boa vontade para amenizar ou suprimir dores alheias.
Essa nova postura facilitará o acerto de contas perante a justiça divina, que poderá investir no progresso, com novas oportunidades físicas e espirituais para o devedor que se propõe a deter o mal e substituí-lo pela paz.
E quanto a nós? Estamos contribuindo para o surgimento de um mundo mais fraterno, solidário e menos egoísta?
Todos podemos estender os braços e a mente em favor de entes queridos, amigos, colegas de trabalho e outros que nos circundam, cooperando com a imensa tarefa que os emissários do Senhor têm reservada para o nosso planeta. Em suma, depende apenas de nossa vontade dar os primeiros passos em direção a um mundo melhor.
Sidney Fernandes (1948@uol.com.br) nasceu em Bauru, em 1948. Gerente do Banco do Brasil e Empresário, hoje está aposentado e se dedica integralmente à veiculação do Espiritismo. Participou ativamente da Mocidade Espírita até integrar-se ao Centro Espírita Amor e Caridade de Bauru (SP). Escritor e orador profere palestras em várias cidades brasileiras.