Felicidade – Um Estudo de Harvard
- Colunas
- 27/08/2019
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Robert Waldinger (1), psiquiatra de Harvard, sacerdote Zen e psicanalista, é o quarto gestor de um dos mais longos estudos práticos sobre a felicidade humana.
Ele observa que, recentemente, em pesquisa com jovens, os objetivos mais comuns anunciados por 80% dos alunos em busca de formação superior era tornarem-se ricos, e metade desses tornarem-se famosos, referindo-se à felicidade decorrente dessas condições.
O Estudo de Harvard, Iniciado em 1938 e divulgado em novembro de 2015 no site TED Ideas worth spreading (2) buscou compreender em que se fundamenta a felicidade e o viver bem.
Iniciado com a participação de 724 homens, todos estudantes de Harvard, quando de sua divulgação no final de 2015 contava com 60 ainda encarnados, com a maioria acima dos 90 anos de idade. O estudo é tão vasto que entrevistou, ao longo do tempo, além das esposas, cerca de 2000 filhos deles.
No entanto, o resultado apresentado pelo Dr. Robert apontou que o que, realmente, produz felicidade e também saúde física, não é o dinheiro ou a fama, mas sim os bons relacionamentos, representados por três constatações:
1 – A solidão “mata”. Conexões sociais nos tornam mais felizes, mais saudáveis, e permitem a longevidade;
2 – Não é o número de amigos que conta, e nem mesmo relacionamento sério. É a qualidade dos relacionamentos que conta;
3 – A saúde física é beneficiada e o cérebro passa a funcionar melhor, com ganho de memória.
De posse dos resultados, o Estudo aponta comportamentos necessários à percepção da felicidade:
1 – Substituir a condição de “colegas” pela de “companheiros”;
2 – Investir na família, amigos e comunidade;
3 – Desenvolver o sentimento de amor agora, e não depois, na espera de novas condições.
Esses resultados não são estranhos ao nosso senso, nós que temos contato com a Doutrina Espírita. Desde O Livro dos Espíritos sabemos que viver em sociedade é Lei Divina (3), e que para isso é necessário desenvolvermos o senso de justiça, de amor e de caridade, que também são elementos dados como Lei pelos Espíritos responsáveis pela Codificação Espírita (4).
Decorre ainda dos ensinos da Doutrina Espírita que as Leis de Deus estão em nossa consciência (5) e que a felicidade possível de ser experimentada no planeta Terra, por ser planeta destinado a expiações e provas dos espíritos aqui vinculados, está na tranquilidade de consciência, na posse material do que realmente é necessário e, finalmente, na fé no futuro (6), que é para onde estamos indo.
A propósito das recomendações que o Estudo aponta para se melhorar a percepção da felicidade e que, em verdade, são reformulações dos valores íntimos de cada um de nós, a Doutrina dos Espíritos nos orienta a mudar de comportamento utilizando-se das lições de Nosso Senhor Jesus Cristo, Guia e Modelo da humanidade terrestre (7), em um processo de transformação do “homem velho” para “novo homem”, de forma que nos mostremos como verdadeiros homens de bem, na definição de Allan Kardec (8), o grande responsável pela Codificação Espírita.
A Doutrina Espírita segue caminhando, tranquilamente, porque se sustenta na verdade que liberta, e por isso não teme as descobertas das ciências humanas, ao contrário, tem sido por elas confirmada em seus postulados, que nos direcionam para o entendimento de que estamos sempre no lugar certo e no momento certo, para fazer o que é certo, sendo, portanto, a nossa felicidade resultado daquilo que temos feito das oportunidades e talentos que a Divina Providência nos tem concedido.
Pensemos nisso.
Antônio Carlos Navarro
Referências bibliográficas:
(1) http://robertwaldinger.com/about/
(2) Disponível em: http://www.ted.com/talks/robert_waldinger_what_makes_a_good_life_lessons_from_the_longest_study_on_happiness?language=en
(3) Lei de Sociedade, O Livro dos Espíritos, 3ª Parte, cap. VII;
(4) Lei de Justiça, Amor e Caridade, O Livro dos Espíritos, 3ª Parte, cap. XI;
(5) O Livro dos Espíritos, 3ª Parte, cap. I, item 621;
(6) O Livro dos Espíritos, 4ª Parte, cap. I, item 922;
(7) O Livro dos Espíritos, 3ª Parte, cap. I, item 625;
(8) O Evangelho segundo o espiritismo, cap. XVII, item 3.
Nota do Editor:
Imagens em destaque obtidas na Internet de várias fontes.
Originally posted 2016-09-28 22:10:35.