Mensageiras Do Amor

SEXTA E ÚLTIMA PARTE

Sidney Fernandes

Na última parte desta sequência de textos, trazemos a mãe das mães, Maria de Nazaré, e a extraordinária epopeia ao lado de seu filho Jesus.

A mãe de Jesus

Maria é a personagem mais reverenciada do Evangelho, depois de Jesus, e também das mais misteriosas, em virtude da precariedade de informações a seu respeito.

Após os acontecimentos que marcaram o nascimento de Jesus, são minguadas as intervenções de Maria: na adolescência do menino, envolvendo uma visita ao Templo; nas bodas de Caná, em que ocorreu a transubstanciação da água em vinho; diante da cruz, quando Jesus a confiou aos cuidados do apóstolo João; e no cenáculo, com os discípulos.

Na Revista Espírita de janeiro de 1862, Allan Kardec a ela se refere, respeitosamente, considerando-a imaculada, não sob o ponto de vista físico, mas espiritualmente.

Deus enviou um Espírito puro, não pertencente à raça culpada e exilada, para se encarnar sobre a Terra e nela cumprir essa augusta missão; do mesmo modo que, de tempos em tempos, envia Espíritos superiores para nela se encarnarem, para darem um impulso ao progresso e apressar o seu adiantamento. Esses Espíritos são, sobre a Terra, como o venerável pastor que vai moralizar os condenados em sua prisão, e mostrar-lhes o caminho da salvação.

O comportamento de Maria, sua humildade, sua obediência às orientações espirituais que recebia, sua fortaleza de ânimo diante dos sofrimentos impostos a Jesus, tudo isso nos dá notícia de que se tratava de um Espírito superior não vinculado aos compromissos cármicos da raça adâmica. Natural, portanto, que reverenciemos a mãe de Jesus como uma das grandes figuras da humanidade.

Palavras finais de Emmanuel

Em Religião dos Espíritos, Emmanuel oferece carinhosas e providenciais palavras sobre a maternidade.

Destaca o nobre mentor que podem surgir malfeitores, crianças-problema, jovens transviados, doentes agoniados, criminosos, ateus, intolerantes e alienados mentais. Deus proverá, mandando à Terra exércitos de salvadores na figura de professores, cientistas, juízes, sacerdotes e missionários da fé para socorrê-los.

Acima de tudo, porém, brilharão nas trevas da vida as figuras das mães, transformadas em anjos invisíveis de renúncia, ao pé de filhos desmemoriados e ingratos, para que não resvalem nas tenebrosidades dos abismos.

— Se te encontras, assim, em tarefas de sacrifício, não recalcitres contra os aguilhões que te acicatam as horas, consciente de que a matemática do destino não nos entrega problemas de que não estejamos necessitados. Humilha-te e serve, desculpa e edifica, diante dos que se fazem complicados instrumentos de tua dor.

Emmanuel