Mensageiras Do Amor – Segunda Parte

SEGUNDA PARTE

Sidney Fernandes

Damos sequência hoje ao texto que trata da maternidade, com os expressivos casos de abnegadas genitoras que se dedicaram aos seus filhos.

A mãe de Roberto

Dona Adolfina não soube educar Roberto. Enchera-o de mimos e ele cresceu sem freios ou disciplina. Com isso, o filho tornou-se indolente e cheio de vícios, com poucas possibilidades de se corrigir. Religiosa, jamais cessava de orar, pedindo aos santos de sua devoção que implantassem um pouco de juízo na cabeça de Roberto.

A dor, no entanto, costuma ser o remédio para os incautos. Roberto passou a apresentar distrofia muscular progressiva, que amenizou seu comportamento descontrolado. Como sempre, Adolfina socorreu o filho. Recorreu ao tratamento fisioterápico, às terapias medicamentosa e genética, aos corticoides, à gentamicina, à creatina e à homeopatia. E o amor de mãe mais uma vez funcionou e colocou Roberto em pé.

A lição valeu? O aviso da natureza foi captado? A dor cumpriu sua missão? Infelizmente não…. Após a cura, a mãe generosa começou a desiludir-se com o filho. Ele se transformou em outra criatura, distanciada da oração, da religião e do trabalho. Em dez meses metamorfoseou-se em desonesto malandro, que se dava muito bem com as bebidas e com as noitadas alegres.

Certa noite, ao repudiar violentamente as repreensões maternas, Roberto agrediu a nobre genitora de forma covarde e rebelde. Foi então que Dona Adolfina voltou a orar.

— Senhor de infinita bondade. Meu filho tornou-se um monstro. Modifica-lhe a rota desventurada. Faça-se a tua vontade, Senhor.

De repente, intensa luminosidade espiritual resplandeceu sobre aquela cabeça venerável, em forma de nova bênção do Alto. Para surpresa de todos, no dia seguinte Roberto voltou a apresentar a distrofia muscular progressiva, agressiva e incontrolável, desta vez de forma irreversível.

 

– CONTINUA NA TERCEIRA PARTE –