O Jovem e o Uso de Drogas

Nos dias atuais, o uso de entorpecentes se alastra de forma desordenada. Seu público alvo, em sua maioria jovem, sente-se motivado pelas imagens apresentadas na mídia que apresentam o estereótipo de poder e autoestima – na imagem de que trazem felicidade e bem-estar, força e segurança, criando uma falsa imagem de aceitação e felicidade.

Percebemos com tristeza que o uso de drogas já é algo comum e, em geral, quase todas as pessoas bebem socialmente, outras fumam ou utilizam algum medicamento sem prescrição médica. Pesquisa do IBGE feita com estudantes abaixo de 15 anos de idade, mostra que 31,7% tomou a primeira dose com 13 anos ou menos e 21,8% tiveram episódios de embriaguez.

São tantos os males causados pelas drogas que não daria para enumerá-los aqui. Bebidas, cigarros e outros vícios são veiculados na TV e cada vez mais essas substâncias se infiltram nas escolas, nas ruas, nos lares, destruindo famílias e disseminando dores e desequilíbrio de toda ordem.

Constatamos que infelizmente o êxito das conquistas tecnológicas não conseguiu preencher as lacunas da existência humana. O homem moderno ficou deslumbrado com a comodidade e o prazer e, acostumado às sensações fortes dos sentidos, tem dificuldade de voltar-se para dentro de si mesmo, confrontando-se com suas mais íntimas aspirações.

As drogas não afetam somente a quem as consome, mas também aqueles que com ele convivem. Tomemos como exemplo a violência (física e verbal) de muitos que bebem, com a alienação, o abandono dos estudos e dos compromissos de muitos que fumam maconha, com o abandono do trabalho, da família e do desejo de viver daqueles que usam crack etc.

O uso do cigarro também está em alta. Enquanto profissional da Educação, comprovo isso até dentro das escolas. A fumaça tem efeitos altamente nocivos e gases cancerígenos, além de poder acelerar as causas do infarto e de uma infinidade de doenças.

Os vícios, de um modo geral, aniquilam personalidades, levando-as ao desequilíbrio, à loucura, à violência e, não raro, ao suicídio.

Pessoas que se deixam envolver por dependências quaisquer mais ainda as químicas, correm o risco de tornarem-se obsidiados em potencial.

O estudo da Doutrina Espírita e a vivência espirita, como a mediunidade, nos mostram que os espíritos viciados no além se servem de nossas vontades para dar vazão a seus instintos, para satisfazer seu desejo incontrolável de entrar em contato com as substâncias de que necessitam, com a química de que são escravos.

É preciso recorrer ao poder da oração quando caímos ou quando quem amamos cai nessa situação.

Orientação de professores, pais e amigos também pode ser valiosa. Poder firme, muita determinação e buscar ajuda espiritual, mesmo que de início apenas intimamente: “Não é isso que quero para mim, para minha vida”.

Devemos preservar a saúde de nosso corpo, instrumento divino para construção de nosso futuro e daqueles a quem amamos.

Lembremo-nos do Apóstolo Paulo: “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”.

 

Sobre o Autor: Fátima Moura é jornalista, designer gráfica, teatróloga, musicista e psicopedagoga clínica, com especialização em portadores de necessidades especiais. Além de escrever e desenhar, a música e o teatro são também suas grandes paixões.