O Que Fazemos De Especial?

Sidney Fernandes

Todos somos iguais e estamos sujeitos ao mesmo determinismo do processo evolutivo. Podemos aprender preciosos conceitos, que nos foram oferecidos por Jesus e seus emissários, que melhor nos situarão na grande jornada da vida.

A vida prossegue além da morte. A Terra é uma escola temporária. O corpo físico é simples vestimenta. Dor e trabalho são recursos educativos. Nossa colheita será de acordo com a sementeira. A luz do Senhor clareará o caminho se praticarmos o bem. Não estamos aqui em férias e sim em missão de aperfeiçoamento. A verdade surpreenderá muita gente.

Essas informações especiais nos tornam criaturas especiais, com a responsabilidade de produzir coisas especiais, tais como:

Amar a Deus sobre todas as coisas. Lutar contra o egoísmo. Orar pela paz dos que nos ferem. Repartir alegrias. Dissipar nuvens de tristeza. Cultivar o amor, que acalma as tempestades de ódio. Manter viva a chama da esperança. Levantar caídos. Amar, compreender e perdoar sempre.

Jesus, chamando-nos à responsabilidade, perguntou:

— Que fazeis de especial? (Mateus, 5:47)

Além dos conceitos básicos, já sabemos também que voltaremos a este mundo. A retrocognição — também conhecida como regressão de memória a vidas passadas — e as experiências de quase morte escancaram janelas do além da vida.

Não obstante, parece que nosso comportamento é dos que não acreditam nessas verdades e ainda se apegam ao materialismo e às vantagens mundanas.

Não seria óbvio, por exemplo, que nos preocupássemos com o planeta, a fim de que, em eventual retorno a este plano, pudéssemos encontrá-lo em melhores condições de sobrevivência? Não nos demos conta ainda de que, se tudo correr bem, as gerações do futuro seremos nós mesmos, de retorno a esta pátria física? Se não pensamos no mundo atual, não seria o caso de pensarmos naquele mundo futuro, que será a nossa morada?

Que mundo vamos querer encontrar? Um planeta árido, enfermo e em condições insalubres? Ou uma terra abençoada, novamente envolvida por matas verdes, atmosfera pura e fontes cristalinas? O que estamos fazendo de especial para um mundo melhor, menos egoísta, com cultura para todos e, em última instância, em favor de uma sociedade melhor e em favor de nós mesmos?

Mesmo assim, não estamos preocupados, nem como nossa evolução moral, nem com o aumento de nossa cultura e muito menos com florestas, camada de ozônio, preservação de mananciais, purificação do ar e matas ciliares.

Em face de tantos conhecimentos e informações, que já detemos, vindos dos planos mais altos, será o caso de refazermos a pergunta definitiva, formulada pelo próprio Mestre Jesus:

— O que estamos fazendo mais do que os outros?

 

Referências: Vinha de Luz e Pão Nosso, Emmanuel; Texto da Redação do Momento Espírita.