Profecias da Atualidade
- Colunas
- 04/11/2020
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Sidney Fernandes 14-99772-5892
Profetizaram os videntes de plantão, com base em comunicações mediúnicas, canalizações, textos de Nostradamus e até nos segredos de Fátima, que depois da pandemia por que passamos viriam outras e outras, até que todos os maus fossem eliminados da Terra.
Alguns, mais otimistas, marcaram dia e hora para o fim da pandemia, enquanto outros, pragmáticos, chegaram a apregoar que a divindade não pararia a ação enquanto a sua obra não estivesse concluída.
É bem verdade que a humanidade foi chamada ao despertamento, para reavaliar sua conduta perante as leis divinas e de respeito para com os demais habitantes do planeta Terra, mormente os que pertencem a nações subdesenvolvidas ou em desenvolvimento.
Infelizmente, enquanto a nossa situação está tranquila e equilibrada, esquecemo-nos de que somos moradores do mesmo mundo e achamos que cada um deve se virar sozinho e resolver os seus próprios problemas.
No campo, quando um cavalo é indolente ou rebelde, o domador começa lhe aplicando leves batidas, com varinha de marmelo, em suas pernas. Se o animal estabiliza o galope, tudo bem. Se insiste no empacamento, os golpes sobem para o dorso. Se mesmo assim não se apruma, o animal passa a sofrer o trauma do chicote e das esporas.
Não é exatamente isso o que estamos observando, atualmente, em nossa sociedade? Somente precisaremos passar por novas dores, se as que sofremos não modificarem o nosso interior para melhor. Muitos de nós aprendemos a lição com as batalhas travadas e não tornaremos a repetir os erros do passado.
Daí terem sido prematuras quaisquer profecias, tanto as que previram o caos, como as que cantaram vitórias antes da hora. O futuro será construído a partir do nosso comportamento.
Espíritos podem prever o futuro?
Um homem colocado no cume de uma alta montanha terá uma visão muito mais ampla do que o viajor, pois de um golpe de vista conhecerá todos os acidentes do terreno, de um extremo a outro, na estrada que lhe esteja diante dos olhos.
Espíritos inferiores têm, a exemplo do próprio homem encarnado, visão circunscrita e limitada, pois pouco se afastam do nosso globo, ao qual se acham ligados.
Espíritos superiores, que podem ver o começo e o fim de cada período do ser encarnado, geralmente não revelam o futuro, pois o homem comum não suportaria esse conhecimento.
Daí o cuidado que devemos ter com os atuais profetas do absurdo, pois o futuro do homem é construído a cada dia, em cada gesto e em cada atitude, seja ela altruística ou egoística.
Referências: A Gênese, de Allan Kardec.