Quem Inventou a Reencarnação?

Sidney Fernandes

Muitos espíritos em trânsito pela Terra ainda não têm perfeita consciência da importância dessa trajetória. Mais preocupados com a matéria do que com a vida espiritual, esquecem-se da finalidade principal da vida: a evolução. Neste texto, um estudo superficial dos fundamentos da reencarnação e os princípios para a formação de uma consciência reencarnatória, com plena compreensão da jornada de aprendizado e reajuste do espírito.

Historicamente vamos encontrar a reencarnação nos livros sagrados da Índia — Vedas e Bhagavad Gita —   onde podemos ler a seguinte frase:

Assim como se deixam as vestes gastas para usar vestes novas, também a alma deixa o corpo usado para revestir novos corpos.

Na Grécia antiga, sábios como Pitágoras, Sócrates e Platão aceitavam plenamente a teoria da palingenesia, que pressupõe várias vidas, cujos ensinamentos retornam em forma de ideias inatas do homem encarnado em nova existência. No livro Fédon, de Platão, Sócrates dialoga com um nativo de Élis, capturado em guerra e vendido como escravo. Demonstra que pode extrair dele conhecimentos de outras existências e trazê-los para a vida atual.

Em meados do Século XIX, o Espiritismo enunciou a reencarnação como lei divina que disciplina a jornada evolutiva do espírito, com experiências que se repetem na Terra, até que ele possa viver em planos mais adiantados, sendo uma lei natural de evolução, que existe desde o aparecimento do ser vivo.

Assim como acontece com as demais leis da natureza, como por exemplo, a lei gravitacional, a reencarnação, sendo lei natural, não foi inventada e sim enunciada. A expressão consciência reencarnatória enseja a plena compreensão de que estamos em trânsito pela Terra, em jornada de aprendizado e reajuste. Com essa consciência, conseguimos aceitar melhor as dores, as deficiências e os sentimentos negativos, na certeza de que nada é por acaso.