Quem lê, Atenda!
- Colunas
- 10/12/2020
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Sidney Fernandes – 1948@uol.com.br
Durante o ano de 1916, três crianças de Portugal — Lúcia, Francisco e Jacinta — testemunharam aparições de um espírito e, no ano seguinte, a presença de uma entidade de intensa luz, mais tarde identificada como sendo Nossa Senhora, mãe de Jesus.
Fora de dúvida que os videntes de Fátima foram escolhidos para chamar a atenção dos homens, concitando-os à espiritualização com revelações da alta espiritualidade.
Aurélio Agostinho nasceu na África no dia 13 de novembro de 354. Estava, no ano de 386 em um jardim de Milão, quando ouviu a voz de uma criança invisível, que cantava repetidamente: Toma e lê, toma e lê. Ele tomou a epístola de Paulo ao Romanos e leu o texto que o conduziu definitivamente à sua transformação moral.
Tornou-se um dos maiores intelectuais e oradores do Cristianismo e, mais tarde, o venerado Santo Agostinho, respeitado por todas as religiões.
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Alguns minutos de leitura do Evangelho podem nos trazer essência para toda a existência. Esse conteúdo poderá ser resumido n’O Sermão da Montanha, cujo teor poderá ser ainda mais resumido, a alguns segundos, se utilizarmos a magna expressão de Jesus, que sintetiza toda a sua gloriosa mensagem:
— Tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o assim também a eles. Mateus, 7:12
Alerta-nos Emmanuel que, embora as expressões das altas esferas espirituais sejam altamente significativas e nos remetam a encontrar a felicidade por caminhos alternativos à dor, parece que nós, homens, insistimos em ler, sem entender os desígnios de Deus e sem cumprir a justiça divina.
Esgotados os meios suasórios da justiça divina, resta a dor como único recurso com poder supremo de depuração do homem, que a pede e depois a renega, quando retorna à Terra.
Daí a necessidade de se “ler e entender” e, mais do que isso, vivenciar e praticar, os ditames do Evangelho.
De que adianta sermos abençoados com extraordinárias visões da espiritualidade? Ou recebermos a visita de entes queridos que já morreram? Ou sermos contemplados com valiosos testemunhos dos desencarnados? Ou ainda convivermos com elevadas criaturas do nível de um Santo Agostinho?
A cada dia estamos mais pacientes, tolerantes e espiritualizados?
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Os alertas divinos estão aí à disposição de todos homens, para que tenham mais empatia e solidariedade. A divindade tem paciência e compreensão e oferece inúmeras oportunidades para a depuração do espírito.
No entanto, quando se esgotam os recursos da compaixão divina, resta a dor como verdadeira condutora à felicidade, único meio com poder supremo para a renovação do homem.
— A felicidade se esconde como todas as coisas gentis e delicadas. É em vão que se a procure nos gozos terrestres que o sopro da morte carrega (Léon Denis).