Sempre à Frente, mas Olhando para Trás
- Colunas
- 18/01/2019
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O anseio pelo progresso nos seres conscientes é natural, mas é facilmente compreendido apenas como de natureza material, em negligência ao progresso espiritual.
Para todos os efeitos, no entanto, é preciso esforço para consegui-los, e a questão foi objeto de estudo por parte de Allan Kardec:
“A força para progredir, haure-a o homem em si mesmo, ou o progresso é apenas fruto de um ensinamento? “O homem se desenvolve por si mesmo, naturalmente, mas nem todos progridem simultaneamente e do mesmo modo. Dá-se então que os mais adiantados auxiliam o progresso dos outros, por meio do contato social”. (O Livros dos Espíritos, item 779)
Observa-se, pela resposta dada pelos Benfeitores Espirituais, dois aspectos a serem analisados; o primeiro é a diversidade de entendimento em relação ao “poder” pessoal para promover o auto progresso. O segundo, decorrente do texto que negritamos, diz respeito à Lei de Amor, quando os Benfeitores deixam claro que todos temos o dever de auxiliar no progresso alheio, naquilo que nos é possível fazer.
Em questão anterior, na mesma obra, os Benfeitores encarregados da implantação do Consolador prometido por Nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 14:26) já haviam deixado isso claro:
“Confiou Deus a certos homens a missão de revelarem a sua Lei? “Indubitavelmente. Em todos os tempos houve homens que tiveram essa missão. São Espíritos superiores, que encarnam com o fim de fazer progredir a Humanidade”. (Item 622)
O texto por nós negritado nos conscientiza de que sempre teremos a quem ajudar, não importa o ponto da escala evolutiva em que estivermos.
Embora a obrigação natural de socorrer os atrasados já esteja explícita, convém verificarmos a insistência dos Instrutores Maiores no assunto:
“Não esqueçais nunca que o Espírito, qualquer que seja o grau de seu adiantamento, sua situação como reencarnado, ou na erraticidade, está sempre colocado entre um superior, que o guia e aperfeiçoa, e um inferior, para com o qual tem que cumprir esses mesmos deveres.” (O Livro dos Espíritos, item 888a, assinada pelo Espírito São Vicente de Paulo)
Devemos nos lembrar também que, para socorrer a quem quer que seja, e em qualquer campo, é preciso sentimento elevado:
“Misericórdia quero, e não sacrifícios”, pediu Nosso Senhor Jesus Cristo (Mt 9:13).
Dessa forma, que possamos buscar o progresso em todos os campos, sem nos esquecermos do próximo, afinal de contas, é o que gostaríamos que a nós fosse feito, lembrando que sempre o é, pela Misericórdia Divina.
Pensemos nisso.
Antônio Carlos Navarro