Sobre a Saúde

Em mil novecentos e cinquenta e oito o grande instrutor espiritual Emmanuel ditou a Francisco Cândido Xavier um livro monumental, a despeito de seu pequeno tamanho físico. Trata-se de Pensamento e Vida.
Nesse livro o orientador trata de assuntos diversos,  esclarecendo “que o nosso pensamento cria a vida que procuramos, através do reflexo de nós mesmos.”
Pinçamos da obra alguns esclarecimentos contidos no capítulo de número quinze, intitulado “Saúde”, que se inicia da seguinte forma:
“A saúde é assim como a posição de uma residência que denuncia as condições do morador, ou de um instrumento que reproduz em si o zelo ou a desídia das mãos que o manejam.”
De início o Orientador deixa claro que a responsabilidade pela condição fisiológica é do próprio espírito, que através do livre arbítrio escolhe pensamento e ação.
Como sabemos toda ação gera uma reação, prossegue Emmanuel:
“A falta cometida opera em nossa mente um estado de perturbação, ao qual não se reúnem simplesmente as forças desvairadas de nosso arrependimento, mas também as ondas de pesar e acusação da vítima e de quantos se lhe associam ao sentimento, instaurando desarmonias de vastas proporções nos centros da alma, a percutirem sobre a nossa própria instrumentação.”
Depreende-se que todo pensamento infeliz, e toda ação prejudicial, reverberam no corpo físico, reproduzindo desde a mente até o corpo, logicamente passando pelo perispírito, efeitos cuja causa é o próprio ser pensante, e que:
“Semelhante descontrole apresenta graus diferentes, provocando lesões funcionais diversas.”
Emmanuel exemplifica dizendo que:
“A cólera e o desespero, a crueldade e a intemperança criam zonas mórbidas de natureza particular no cosmo orgânico, impondo às células a distonia pela qual se anulam quase todos os recursos de defesa, abrindo-se leira fértil à cultura de micróbios patogênicos nos órgãos menos habilitados à resistência.”
E acrescenta:
“Nossas emoções doentias mais profundas, quaisquer que sejam, geram estados enfermiços. Os reflexos dos sentimentos menos dignos que alimentamos voltam-se sobre nós mesmos, depois de convertidos em ondas mentais, tumultuando o serviço das células nervosas…”
Com essas informações, todas confirmadas hoje pela ciência, precisamos nos estabelecer em novos patamares mentais, buscando sempre o pensamento positivo, por isso mesmo otimista, inserindo a oração como exercício diário da alma, para que possamos preservar ao máximo a integridade da vestimenta física que é, parafraseando o Senhor Jesus, um templo para o espírito.

Pensemos nisso.

Antônio Carlos Navarro

Originally posted 2014-11-29 11:46:09.